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lugar no Prêmio Radiotelegrafista Amaro Pereira de Crônica
Nome: Diego de Toledo Lima da Silva.
Cidade que representa: Limeira/SP.
Pseudônimo: Caminheiro da Mantiqueira.
Crônica: Viagem memorial.
VIAGEM MEMORIAL
A
estrada era dos revolucionários e o caminho da imaginação. Cortando grandes
matas tropicais, conflitos e guerras perpetuavam a memória, entristecendo a
alma do andarilho. Vietnã era uma ferida aberta na história contemporânea,
assim como a Revolução Constitucionalista de 32 era para a história local.
Os
sons das botas e das marchas militares eram rotina em meio ao clima úmido
daquelas matas, bem como tiros e explosões nas trincheiras de terra. Os tempos
eram outros, mas vários dos erros os mesmos. O mundo e as nações continuam em
conflitos internos e externos, além da calejada violência urbana.
Propagar
a paz e o caminho do diálogo é uma obrigação, considerado alucinação por
muitos. Loucura é viver nesse mundo em briga, destrutivo com suas máquinas,
armas químicas e bombas.
Buscar
a paz não apenas nas relações sociais, mas também com a natureza, seus
elementos vivos e físicos, compreendendo a vida em plenitude. Espelhar-se na
história, repetindo os bons exemplos e evitando antigos erros.
A
partir da construção da paz interior, as mensagens serão multiplicadas para os
viventes, ideais de amor, bondade e respeito às diferenças. O contato com a
natureza e seu caminho leva às trincheiras da vida e do pensamento, saudações
de paz ao próximo.
Hiroshima,
Saigon, Palestina e Joanópolis, terras com cicatrizes de lutas passadas ou
presentes, povo simples vivendo um dia após o outro. Na memória fatos de
guerra, no coração o pedido de paz.
Naquela
estrada, caminhantes apenas seguiam a marcha, longe do antigo limiar entre a
vida e a morte. Persistiam em frente, construindo sentido e direção a cada
passo, lutando consigo mesmo, vencendo os maus sentimentos e preconceitos
internos.
Mesmo sendo a estrada dos revolucionários,
tranquilidade e calma reinam em sua trilha, carregada de histórias, momentos e
viagens memoriais. E no final da jornada, ao encontrar outro viajante, diria
apenas: Siga em paz, sempre em paz meu camarada!
Pseudônimo: Caminheiro da Mantiqueira.
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